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Ansiedade na gestação: O que você precisa saber?

A gestação é um período potencialmente estressor para a mulher, principalmente devido as diversas mudanças rápidas que acontecem e estarão por acontecer, então, por esse motivo pode haver a abertura de um quadro ansioso moderado a intenso, e até mesmo o diagnóstico de um transtorno ansioso no ciclo gravídico-puerperal.


Estima-se que em torno de 20% das mulheres sofrem de algum transtorno ansioso na gestação e puerpério, o que é um alerta para a saúde mental nessa fase, além da probabilidade de desenvolvimento de outras psicopatologias.


Alguns sinais de que a ansiedade pode estar exacerbada nessa fase:

  • Muitos pedidos de exames de imagem fora do protocolo do pré-natal.

  • Consultas muito frequentes com obstetra, ainda logo depois de uma consulta padrão.

  • Esquecimento das orientações da equipe, mesmo quando bem explicado.

  • Medo excessivo de alguma coisa acontecer com ela ou com o bebê.

  • Super proteção do bebê nos primeiros dias.

  • Alteração significativa do ciclo sono-vigília, trazendo prejuízos significativos.

A ansiedade é a resposta do corpo e mente para ameaças reais ou percebidas, de uma forma desproporcional ao real perigo, ou seja, a mulher sente-se ameaçada por diversas situações ainda que essa ameaça não seja real. Falando nisso, podemos pensar no parto, onde a mulher precisa de um ambiente seguro (inclusive percebido como tal), tranquilo, e que os hormônios trabalhem a favor desse parto, e quando existe uma sensação de que algo está errado (ainda que não esteja), isso pode influenciar negativamente no desfecho do parto.


Vale lembrar para quem é profissional da saúde mental perinatal, e para as pessoas que não trabalham com a temática, que existe mais de um tipo de transtorno de ansiedade, então, eles irão se diferenciar entre si a partir do objeto ou situação fóbica ou que traz medo.


Por último, mas não menos importante, é função do profissional de saúde orientar quanto à continuidade do tratamento, seja ele psicoterápico e/ou farmacológico, pois a descontinuidade do tratamento pode trazer efeitos adversos sérios.


Para saber mais você pode conferir os demais conteúdos desse blog, ou buscar outros conteúdos nas outras redes que temos (instagram @cuidandodemamaes, podcast cuidando de mamães, e canal no youtube)


Luzia Maia

Psicóloga na prática obstétrica

CRP 02/20578

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